#UX/UI.01 — As Heurísticas de Jakob Nielsen

Giovana Dias
4 min readOct 31, 2019

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Um fato desconhecido por diversas pessoas, infelizmente, é que o design não se trata apenas de estética e estilos.

O design atua em diversos pontos que visam ajudar o usuário final. Um de seus papéis é reduzir as dúvidas de quem está usando um sistema; é fazer com que ele não precise de um manual para cumprir o seu objetivo.

Por isso, para chegar à um bom resultado, temos diversas práticas e “regras” que podemos seguir. Entre elas, estão as Heurísticas de Nielsen.

As Heurísticas de Nielsen são alguns princípios trazidos por Jakob Nielsen para o design de interfaces, que podem ser usados durante a realização de um projeto como base para chegar a um bom resultado, ou depois da realização de um projeto para uma avaliação da qualidade dele.

Além disso, as heurísticas não precisam ser usadas apenas por designers para montagem de telas. Devs, conhecê-las é bom para vocês também ;)

Enfim, vamos ao que interessa de verdade: é hora de vermos quais são essas 10 heurísticas de Jakob Nielsen.

1- Visibilidade do estado do sistema:

O sistema sempre deve informar o que está acontecendo, deixar visível o seu estado. Uma das maneiras de fazer isso é a partir de feedbacks instantâneos. Ou seja: se uma mensagem for apagada, deve existir algo que indique isso; se uma tela estiver atualizando, deve existir algo que indique isso.

2 - Equivalência entre o sistema e o mundo real:

O sistema deve falar a linguagem do usuário. Afinal, não é nada intuitivo usarmos diversos termos técnicos ou palavras de conhecimento específico em uma plataforma onde o usuário não os conhece, não é mesmo? Essa heurística não se aplica apenas a textos, mas também a ícones e outros elementos.

3 - Liberdade e controle do usuário:

O ideal, quando se trata de ações, é sugerir e não induzir. Essa heurísticas se trata disso: não devemos impor nada ao usuário, ele deve ter liberdade e controle sobre o serviço. Além disso, saídas de emergência são muito importantes: devemos dar ao usuário o controle de desfazer e refazer ações, além de deixa-lo voltar a etapas anteriores quando for preciso.

4 - Consistência e padrões:

Manter a consistência e os padrões visuais e verbais é muito importante em uma interface. Quando tratamos elementos parecidos da mesma maneira ensinamos ao usuário sobre o que cada coisa se trata, o ajudando a identificar esses elementos, para que ele não precise aprender a usar a sua interface diversas vezes. Por isso, nunca devemos indicar uma mesma ação com elementos diferentes uns dos outros.

5 - Prevenção de erro:

De acordo com Jakob Nielsen: “Ainda melhor que uma boa mensagem de erro é um design cuidadoso que possa prevenir esses erros”. Ações como, por exemplo, deletar arquivos ou mudá-lo drasticamente devem ser bem sinalizadas e conter alguma mensagem de confirmação, além de dar ao usuário a liberdade de desfazer uma dessas ações caso erre ou se arrependa.

6 - Reconhecer ao invés de relembrar:

É sempre bom lembrar que o usuário é, geralmente, um ser humano que não tem 100% da capacidade de memorização. Logo, podemos ajudá-lo evitando acionar a sua memória durante o uso do nosso sistema. Isso pode ser feito, por exemplo, com o uso de barras de navegação.

7 - Flexibilidade e eficiência de uso:

O sistema, de preferência, deve ser ágil para os usuários que já o conhecem e fácil de usar para os que estão conhecendo. Algumas features podem ajudar nisso, como: preenchimento automático de campos, atalhos no teclado, etc

8 - Estética e design minimalista:

Lemos no começo do artigo que o design não é só estética, mas nessa heurísticas vemos que, por mais que não seja só isso, a estética também é um ponto muito importante na experiência do usuário e deve estar no conjunto de itens de uma interface. Uma boa estética não possui elementos que sejam desnecessários e confundam o usuário, como excesso de cores que poderiam ser evitadas, possui um layout limpo e dialoga de maneira fácil e intuitiva.

9 - Ajudar os usuários a reconhecerem, diagnosticarem, e recuperarem-se de erros:

O essencial é sempre prevenir erros, mas sendo sinceros, eles são inevitáveis. Logo, ajudar os usuários a reconhecerem e resolverem os erros é de grande importância. Podemos fazer isso a partir de mensagens claras e esclarecedoras, indicando o erro ocorrido e indicando possíveis soluções para ele.

10 - Ajuda e documentação:

Por mais que um sistema fácil e intuitivo não deva possuir brechas que deixem dúvida nos usuários, isso ocasionalmente pode acontecer. Para ajudá-lo, nessa situação, uma boa opção é deixar sempre campos de ajudas fixas que podem ser facilmente acessados. Um bom exemplo disso são os FAQs.

Ao chegar até aqui, você certamente deve ter percebido a importância que as heurísticas de Nielsen têm e a assertividade que levam ao seu projeto. Eu, particularmente, as vejo como parte essencial de alguns desenvolvimentos.

Espero que tenha ajudado, caso tenha algo a acrescentar, eu gostaria muito de ler seu comentário! Até a próxima :)

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Giovana Dias

UX e UI designer apaixonada por aprender e ensinar, por literatura e por gatos. Escrevendo aqui em 3 categorias: #Eventos #UX/UI #SemRótulo